sábado, 24 de outubro de 2009

A porta para o Reino de Deus: O verdadeiro arrependimento.

Queridos irmãos,

Não tenho a intenção de criticar muito menos de ofender alguns irmãos com este texto. A essência deste vai ao encontro dos ensinamento que muitos vêm recebendo em algumas congragações. Espero que, após a leitura, os irmãos meditem nas escrituras e sejam grandemente abençoados.

Graças ao Bom Deus que concede a todos que buscam discernimento através do seu Espírito Santo, principalemente sabedoria para discernir o que verdadeiramente vem de Deus e o que é, simplesmente, inovação vinda do coração dos homens.
Muitos líderes não tem a intenção de enganar os irmãos, mas estão induzindo muitos a erro, outros, por simples ganância, introduzem falsas doutrinas que, se possível, enganariam até os escolhidos.
Abordaremos neste texto um tema de fundamental importância para nossa salvação - o verdadeiro e eficaz arrependimento.

Nestes últimos dias venho lendo diversos artigos publicados em sites de várias congregações sobre a necessidade de se arrepender.
Até ai, tudo certo.
Considerando que, sem arrependimento, ninguém pode ter seus pecados redimidos. Este é o primeiro passo no caminho da salvação - A Porta do reino de Deus.

O problema é que estão extrapolando a abrangência do arrependimento!
Jesus nos ensina que devemos verdadeiramente nos arrepender, pois é chegado o Reino de Deus. Mesmo antes deste maravilhoso anúncio de Jesus João Batista, profeta enviado para aplainar os caminhos do Senhor, já ensina o povo da necessidade do arrependimento.
Mas o que é arrependimento?
Segundo o dicionário é “s.m. Pesar por alguma falta cometida. / Contrição, remorso. / Mudança de opinião”.
Então faremos a pergunta chave: Seria possível eu me arrepender pelos pecados de outra pessoa? Ou de uma cidade? De pessoas que já estão mortas?
Vejamos:
Jesus jamais nos ensinou a nos arrependermos pelos pecados dos outros. Quando da crucificado o Mestre pediu ao Pai para não imputar mais este pecado aos que o crucificavam. Jesus neste episódio não se arrependeu pelos pecados do povo, Ele nos ensinou a interceder e perdoar.
Estevão, o primeiro mártir, fez uma petição similar e agiu conforme os ensinamentos do Mestre para com os que o apedrejavam.
Fica claro que Jesus não ensinou a prática de “arrepender pelos pecados dos outros” e sim a ação de PERDOAR.
Perdão e arrependimento são situações muito distintas. Perdão é não considerar a falhas dos outros para conosco, continuar a amar uma pessoa após descobrir que ela falhou é passar uma borracha espiritual nas mágoas.
Arrependimento é a vontade de não continuar no erro. Reconhecê-los diante do Pai. Deixar a vontade da carne.
Arrependimento é uma atitude pessoal e intransferível, só pode abranger a minha pessoa e só é eficaz se partir de minha intimidade. É tão individual quanto à salvação.Por mais que eu ore e mantenha constante oração por outras pessoas, verdadeiramente, se a pessoa não se arrepender, de nada adianta minha oração.
Por mais dura que seja esta afirmativa, é isto que a Palavra de Deus nos ensina.
O Apóstolo Paulo nos ensinou que através de nosso arrependimento , nosso testemunho e trabalho a serviço do Reino podemos sim, levar muitos ao arrependimento, no entanto, não podemos fazê-lo pelos outros.
Muito tempo e esforço da Igreja estão sendo gastos com essa “nova revelação” fundamentada em arrependimento. Muitíssimo fora dos ensinos de Cristo.
Religiosos gastam tempo precioso estudando toda história de uma cidade para identificarem os seus pecados, fazem longas viagens e passam diversos dias “se arrependendo”. Pura perda de tempo e de energia! Tempo precioso que seria muito mais proveitoso no exercício da caridade, na visitas aos hospitais e presídios, asilos e orfanatos, na pregação do evangelho nas ruas, nas atribuições que o Senhor já nos comissionou na nova e eterna aliança.
Os que defendem esta prática alegam que receberam uma nova revelação e que Deus está derramando uma “nova unção de arrependimento”, seja isso lá o que for. Tomam como exemplo relatos de alguns Reis no Antigo Testamento. Ora, na antiga aliança os pecados do povo eram perdoados coletivamente e somente por 1 ano, através do sumo sacerdote no local chamado Santo dos Santos, mediante o sacrifício de um cordeiro. Bem diferente do que nos ensina Jesus Cristo na nova e eterna aliança, que através de seu sacrifício perdoou os pecados passados, presentes e futuros, todos que eu me arrepender.
A verdade é que nada mais será revelado por Deus! Nada de novo! Tudo que é necessário para a nossa salvação está relatado por Jesus e seus Apóstolos nas escrituras, tudo já foi feito!
Novidade mesmo são para os que alcançarem a salvação iniciada pelo verdadeiro arrependimento, passando pelo novo nascimento, conhecendo a vontade e o caráter de Jesus e praticando todos estes ensinamentos.
O Novo será revelado na Nova Jerusalém que vem dos Céus.
Finalmente, a resposta para as perguntas é NÃO! Não é possível, não tem fundamento na Nova Aliança, não tem efeito benéfico ou mesmo eficácia tampouco é a vontade de Deus que seus servos inventem de arrepender-se dos pecados dos outros.
Arrepender-se pelos próprios pecados já é o suficiente para alegrar o coração do Pai!
Perdoar e interceder pelos pecados alheios, isso sim, faz parte da Sã Doutrina.

2 comentários:

  1. O meio evangelico esta cheio de inovação!
    Mas essa estoria de arrependimento pelos pacados dos outros existe mesmo? eu nunca vi!

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  2. Graças a Deus que você não foi orientado nessa doutrina.
    O meio evangêlico, como você escreveu realmente esta cheio de inovações, cabe a nos os servos, buscanr nas escrituras o que realmente edifica. Veja o exemplo dos crentes de Bereia.

    Sds
    Peres

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