segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Liberdade do Espírito.

Alguns dias atrás conversando com minha filha sobre um culto voltado para jovens, do qual ela participou, começamos uma pequena discussão sobre o dom de línguas.
No culto, segundo ela, “era puro Fogo Santo”! Todos oravam em línguas ao mesmo tempo. Era choro, grito de alegria, Atos Proféticos, nas palavras de minha amada filha “puro ré-té-té” .
Depois de ouvir sobre esse “incêndio espiritual” coloquei minha posição.
Eu e minha família temos o mesmo tempo de convertidos, cerca de 5 anos nestes anos temos buscado seguir o caminho da salvação sem desvios.
Certamente que o dom de línguas é uma evidência do amor de Deus para conosco, porém e, necessariamente, existe uma ordem para isso. A Palavra nos ensina como proceder durante um culto e como deve se manifestar esse dom para edificação do corpo de Cristo, senão vejamos:
Inicialmente um líder não deve, sobre o pretexto de liberar o Espírito, incentivar que todos ao mesmo tempo orem em línguas, uma vez que a palavra nos ensina: “E se alguém falar língua estranha... haja intérprete. Mas, se não houver intérprete, esteja calado na igreja, e fale consigo mesmo, e com Deus.”
Nesse texto verificamos que é necessário uma certa ordem a ser obedecida, caso contrário não haverá edificação da congregação.
O Dom de orar em línguas hoje funciona como uma espécie de credencial do líder que ministra. É como se fosse necessário uma pequena oração em línguas para, verdadeiramente, comprovar que “sou apto e sou espiritual”.
Para um culto ser genuinamente espiritual é necessário que todos entendam o que se ministra! De outra forma, como podemos dizer amem? tem muita gente dizendo amem paa o que não entende. Jesus nos ensina em 1 Coríntios 14:9 “Assim também vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? Porque estareis como que falando ao ar.”.
O Apostolo Paulo ensina que, tais línguas estranhas não têm nenhuma utilidade se não houver interpretação. Pessoas que oram em alta voz são como “indultos falando ao ar”, seria o mesmo que uma pessoa desmiolada, virando a cabeça para trás, e começasse a cuspir para o ar.
Irmãos, tudo me é permitido, mas, nem tudo me convém ou edifica.
Eu sou limitado ao tempo e espaço, muito diferente ao Espírito de Deus, no entanto, Deus não vai sob o pretexto de “liberdade” contradizer sua palavra. A liberdade é compatível e totalmente inserida nas Sagradas Escrituras, fundamentalmente na Nova e Eterna Aliança, para nós, que vivemos na dispensação da Graça.
Esses cultos onde todos são incentivados a não proceder segundo as Sagradas Escrituras, certamente não agradam a nosso Deus que, felizmente, tem misericórdia de nós.

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